A infância é o período do desenvolvimento do ser humano em
que ocorrem as mudanças mais rápidas e mais importantes. Diariamente os pais
são confrontados com diferentes situações relacionadas com a educação dos seus
filhos. A maior parte dessas situações são próprias do desenvolvimento da
criança. Entre os 18 meses e os 3/4 anos, quase todas as crianças passam, com
menor ou maior intensidade, por momentos de “birra”, o que deixa frequentemente
os pais desarmados, sem saber como reagir. Tal situação é um sinal de
crescimento, e é característica duma fase em que a criança procura afirmar-se,
com sentimentos e vontades próprias. Apesar do desespero que às vezes podem
causar nos pais há um lado positivo nestas situações: no fundo, as
birras são uma manifestação saudável das emoções, sentimentos, vontades e
necessidades dos nossos filhos. Afinal, estão a desenvolver a sua personalidade,
só não sabem como expressar-se da melhor forma, porque nas suas mentes os
nossos pequenotes apenas querem satisfazer a necessidade do momento e muito
rapidamente – nesta altura das suas vidas não têm qualquer outra preocupação ou
entrave, se não a contestação dos pais. Li algures o seguinte texto:”…Nestes
momentos, é necessário que os pais não tenham receio de dizer não, explicando a
razão de o fazerem. Cabe-lhes ensinar aos filhos que as birras não os farão
mudar a sua opinião, bem como que o seu amor pelo filho não se alterará. Se
mesmo assim não resultar, procure distraí-lo ou não lhe dê atenção por alguns
minutos. Muitas birras terminam quando deixam de ter público e, com os pais por
perto, tornam-se mais difíceis de controlar. Após a criança controlar-se, felicite-a por ter optado
pelo bom comportamento, e procure falar com ela sobre alternativas de conduta
mais eficazes que as birras. Só com firmeza as crianças aprendem a respeitar as
regras propostas pelos pais. Aprender que tudo tem limites, abre caminho para
um convívio saudável com os outros e para uma boa integração na sociedade.”
Esta é uma viagem que estou a iniciar agora e ainda não sei
se vou ter muitos ou poucos confrontos destes com o meu SG. Reconheço que para
mim é difícil lidar com a situação (o papá do SG é muito mais assertivo do que eu
nesses momentos) porque sou pouco firme e só me apetece abraçá-lo, sei no
entanto que assim não o ajudarei a saber gerir os seus desafios. Assim sendo
espero vir a ter o comportamento mais correto (que me for possível) sempre que
tal se impuser e termino com um excerto de um artigo que encontrei sobre este
assunto das “birras” e que passo a transcrever:”…Não existe uma receita mágica,
mas alguns fatores são necessários para que não se caia em extremos: tolerar
sem se demitir, vigiar sem constranger, facilitar sem deixar fazer tudo.
Encontrar um ponto de equilíbrio não é tarefa fácil e representa mais um desafio
para os pais.”
Até breve :)*